A Feira de Arte, Artesanato e Cultura da Liberdade, popularmente conhecida por “Feirinha da Liberdade”, foi tema da pesquisa realizada pela bacharel em turismo Natália Vitória de Oliveira Casaes, em seu trabalho de conclusão de curso sob orientação da professora Msc. Savanna Ramos, docente do Curso de Turismo/Campus Rosana.

Em dias de festas, a tradicional “feirinha” da Liberdade recebe milhares de visitantes (foto: arquivo)
A pesquisa, agora sob o formato do artigo científico Sabores e Influências Gastronômicas na “Feirinha da Liberdade” de São Paulo (SP/Brasil), foi apresentada oralmente no 3º Congresso Internacional Unitwin Cátedra Unesco: “Cultura, Turismo, Desenvolvimento” centrado em Turismo e Patrimônio Gastronômico: Paisagens Culturais, Regiões Gastronômicas e Destinos do Turismo Gastronômico, no mês de junho durante a programação do evento que se realizou em Barcelona na Espanha.
A pesquisa teve como objetivo analisar a importância da gastronomia na visitação da “Feirinha da Liberdade”. De acordo com os produtos gastronômicos comercializados no evento, buscou estabelecer um ranking daqueles que são mais consumidos: tempurá; guioza; yakissoba; espeto de camarão frito e bi-fum. Dentre os motivos para consumo desses produtos gastronômicos elencaram-se os principais: a qualidade dos ingredientes e produto final; o modismo e a experimentação de pratos diferentes.
No entanto, os resultados da pesquisa demonstraram que o potencial para visitação do evento é dado principalmente pelas motivações de “ócio, lazer e diversão” em primeiro lugar, além da alimentação.
Na opinião da maioria dos entrevistados, a motivação está atrelada também a esta ser justamente nos períodos de não trabalho e estarem com parentes, amigos e familiares, para se alimentarem juntos.
No que se refere à questão da qualidade, a pesquisa constatou que isso ocorre devido “ao trato alimentar dos japoneses na sua culinária requintada ao servir comidas típicas e que permanece respeitando os valores tradicionais de sua cultura no evento”. Quando ao modismo, observa-se no Brasil um aumento no consumo da comida oriental, sobre tudo a japonesa.
Já a experimentação de pratos diferentes quando relacionado aos produtos mais consumidos, “evidencia o paladar da cultura brasileira de uma maneira geral, a qual tem preferência por produtos quentes, cozidos ou fritos, mesmo na procura por pratos diferentes, em contraste com o consumo do sashimi, por exemplo”.
Conclusão – A pesquisa concluiu que “o setor gastronômico da Feira da Liberdade acaba por contribuir de maneira expressiva para o fortalecimento e continuidade do trabalho dos imigrantes japoneses, perpetuando a sua cultura através da alimentação, que de acordo com o contexto social da cultura japonesa, adquiriu aspectos influenciados pelo paladar brasileiro para sua propagação”.
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Redação
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Oi minha batian foi uma das organizadora desta feirinha.