Já vai, Janeiro?
2018 tem pressa. Quer saber se, no confronto entre PSG X Real Madrid, Neymar vai se dar bem. Ele ou CR7 sobrará, dando adeus à Uefa Champions League. Dizem que se o PSG dançar, Neymar irá para o Real Madrid porque o campeonato francês é muito pouco para o Neymito. Para Cristiano Ronaldo, se for eliminado da Champions, a situação é ainda pior: o Real está a 19 pontos do Barcelona. Sairá de Madrid pra França ou Inglaterra ou jogará com Neymar? 2018 é que vai dizer. A única vantagem de quem perder é que chegará bem descansado para disputar a Copa do Mundo.
Antes da Copa, teremos, em março, um amistoso entre Alemanha x Brasil. É inevitável a lembrança dos 7 a 1. Uma nova derrota abalará a seleção de Tite? E quem vai levantar a Taça na Rússia? Alemanha, Brasil, Argentina ou Japão? Se o Brasil ganhar o hexa, Neymar provavelmente será eleito o melhor do mundo.
E as eleições presidenciais? “Sem Lula, Bolsonaro lidera e quatro disputam 2ºlugar” – grita a manchete da Folha desta quarta-feira, que traz a pesquisa Datafolha. Essa novela do Lula ainda vai longe. Até preso, ele será candidato- assegura o senador Lindbergh Farias. Sem ele, Jaques Wagner-PT teria apenas 2% dos votos. É bom o Bolsonaro Jair sabendo que ele perderia no segundo turno para Lula, Marina e Alckmin. A novidade é o Luciano Huck que aparece empatado com Alckmin. A Globo com essa enquete marota quer influenciar no resultado eleitoral. Não é a primeira vez. Na outra, favoreceu Collor e deu no que deu.
E a eleição pra governador e senador. Ninguém sabe de nada, nem os donos dos partidos. É melhor aguardar a primeira pesquisa.
Salve, fevereiro! Pega leve, 2018!
Papo Furado
Trim… Trim… Trim… Trim… Trim… Trim…
-Alô! Alô? Desligou?
-Pô, que demora pra atender…
-Ah, me desculpe. Tava no banheiro.
– De onde está falando?
– Espere um pouco. Vou desligar a TV.
(…)
– Alô! Agora dá pra ouvir.
– De onde está falando?
– Daqui.
– Sei que é daí. Mas quem?
– Eu.
– Eu sei que é você, cara. Como é o teu nome?
– Eu é que pergunto: como é o teu nome?
– Eu perguntei primeiro…
– Mas você é chato, heim?!
– Ora, só faltava essa! Agora, eu que sou o chato.
– Escuta aqui, ô meu! É um assunto urgente!
– Se é urgente, diga logo!
– Quem é que está falando aí?
– Chiii. Vai começar tudo de novo?
– Ô, cara, é um interurbano, se manca!
– Interurbano? De que cidade?
– Ah, se eu falar vou me entregar. Pense um pouco.
– Você é maluco? Já que você está me provocando, vou dizer: não sei quem você é porque voz de gay é tudo igual.
– Foi isso que eu pensei quando você atendeu o telefone.
– Chega, tchau!
– Meu nome é… Escuta, por que essa frescura de não querer dizer o seu nome? Eu não perguntei primeiro?
– Perguntou. Mas quem invadiu a minha casa, com essa ligação, à meia-noite? Você é quem deve se identificar.
– Tem razão, desculpe-me, tá? Você deveria ter dito isso, de cara.
– Como é vai dizer o teu nome ou não?
– Vou. Tchan, tchan, tchan.
– Você é chinês?
– Não. Tchan tchan tchan não é meu nome, é suspense.
– Você é doido. Vou desligar.
– Cara, fui seu colega da faculdade. Depois das aulas, a gente tomava cervejas com a turma.
– Claro, mas era tanta gente.
– Bons tempos, hein?!
– Bons tempos. Aliás, os melhores. Porque depois, a vida só piorou.
– Pros outros. Pra você, tudo deu certo.
– Que piada. Minha vida é muito trabalho e pouca grana.
– Pouca grana? Você continua chorão…
– Chorão? Pago aluguel, estou no cheque especial, vivo no maior sufoco.
– Não é o que me contaram.
– O que falaram de mim?
– Ah, que você ganha bem, tem casa na praia, viaja pro exterior todo ano.
– Viajo pro exterior? Nunca saí daqui.
– Não precisa mentir, cara. Sei de tudo sobre você. De seus carros, onde mora, você não me engana.
– O seu informante é um mentiroso. Estou na pior, hipertenso, diabético, ferrado, não vou durar muito.
– Que bobagem. Logo você se aposenta e tudo fica bem.
– Aposentadoria? Falta muito. Vou morrer trabalhando porque fiquei dez anos sem contribuir com o INSS.
– Dez anos? Você mudou de emprego?
– Não, o meu patrão me convenceu a ser uma pessoa jurídica, me enrolou, e eu me ferrei.
– Mas você não trabalhava com a Carmen, na Caixa Econômica Federal?
– Caixa? Quem dera! Quem é Carmen?
– Aquela que levava um monte de frutas na bolsa. Até apelidamos ela de Carmen Quitanda.
– Carmen Quitanda? Que loucura é essa?
– A Carmen, a gente ía na casa dela, aos sábados, com
o Fefeu, o Toninho e o Benê, não dá pra esquecer.
– Fefeu, Benê? Não me lembro.
– Cara, você não é o André?
– Não. Sou o Ricardo.
– Ricardo? Então, desculpe, foi engano!
BLAN!
JORGE NAGAO
E-mail: jlcnagao@uol.com.br
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